domingo, 13 de setembro de 2009


Sextilha: "O Desabafar de Minha triste Alma"

Só cortes tristes escorrem o vermelho sangue pálido
As velas foram consumidas pelo fogo
E eu aqui neste vazio que me conduz a morte
Detalho e escrevo
Pensamentos meus
Que ninguém vai entender

Aqui estar presente a única flor do vaso
Ela estar murcha
Cheia de melancolia vai morrer
Os dias alegres não há
Com a cabeça turbulenta, solto meus pensamentos
Que ninguém vai entender, talvez nem ler

Cheio de angústia o coração do mesmo chora
Na sua vida não tem nada
As canções mórbidas enchem os meus ouvidos
O nada me acompanha
Neste cativeiro da tristeza
É triste

É triste meu viver
E nesse desabafo
Murmuro
Há poucos momentos que rir de verdade
Mas não é como desejo
Não é

A noite cai
E mostra como tudo é igual
Repetitivo
Afobado por dias melhores no tempo futuro
Será que vou sobreviver
Totalmente consumido pela mazela

O último pôr de mais um infeliz dia se foi
É a noite prevalece como sempre
Como uma alma
Que ninguém a ver passar
E vai se entregando ao final
Não há mais palavras para descrever minha tortura

Meu coração não bate
Respiro com ajuda
Somos aparelhados por criações ruins
Que faz o homem se viciar
Não se deixe lavar por elas
Que inferno

Sou um hipocondríaco e todas as doenças me matam
Não aspiro por melhoras
Intumescem as minhas veias
Sinto um cheiro das flores
Suaves
E assim acaba meu martírio.

Sextilha "Desfalecer e falecer"

São apenas dores de cabeça que me machucam
Os meus olhos dizem que estou fraco
Meu corpo atinge os 40 graus facilmente
Estou dando um fim para tudo isso
Tudo é rápido nessa misérrima vida
Blasfemo muito nessa vida

Meu coração bate cada vez devagar
Vai falhar a qualquer momento
Tenho que estar atento para não sentir dor
E deixar meu velho corpo
A lógica é que ninguém é imortal
Até os melhores criadores morreram um dia

Não se sinta um verme
Aproveite às horas de hoje
Pois a vida é um tormento
Que nos atormenta
A cada novo tormento
Precisamos viver assim

Vida atormentada é essa minha
Odeio todos
Meu corpo se decompõe devagar
Sem muita pressa de sumir nessa terra
Seca e sem vida
É difícil viver, vou falecer.

terça-feira, 1 de setembro de 2009


sextilha: "Carpe Diem"

Viva intensamente como se fosse o último dia
Goze dele o mais suave viver da vida
Não deixe para o futuro
Talvez ele não possa vir em breve
Um dia não é igual ao outro
Faça-o diferente

Durma, sonhe e acorde
Fuja da solidão, da tristeza que o percorre
Não se acomode como um parasita
Aproveite os momentos finais
A respiração pode lhe faltar a qualquer momento
Não se renda ao jogo da vida

Mantenha seus pés no chão
Alegre-se com o que tens
Não se deixe levar pelas coisas ruins
Pela maldade que o cerca
Eles são apenas obstáculos
Chegue ao seu objetivo

Beba até a última gota dessa bebida
Talvez nunca beba dela outra vez
Libere seus pensamentos
Não faleça com eles
Solte seus risos
E aproveite o dia